Gilberto Kassab, fundador e presidente nacional do PSD. Foto: Agência Senado

Dirigente afirma que votaria a favor da Dosimetria, mas não imporá orientação à bancada

Juan Araujo –

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, confirmou nesta quinta-feira (11) a manutenção da estratégia eleitoral do partido para 2026: apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, caso ele se candidate à Presidência da República, ou lançamento de nome próprio se Tarcísio optar por ficar fora da disputa. Em paralelo, ele desejou boa sorte ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), pré-candidato ao Palácio do Planalto.

Em coletiva concedida durante o evento “Todos Pela Educação”, em Brasília, Kassab enfatizou que o PSD não tem planos de fechar “questão” sobre o Projeto de Lei da Dosimetria, texto já aprovado na Câmara e que está em discussão no Senado. Questionado sobre o andamento do projeto, o dirigente assegurou que o partido manterá sua tradição interna de não impor orientação obrigatória aos parlamentares.

“O PSD, desde a sua fundação, em nenhum momento fechou questão em relação a nenhum tema. E não será dessa vez que nós vamos fechar a questão”, declarou Kassab.

Ele informou que o projeto “acabou de chegar” ao Senado e que a bancada ainda não debateu o posicionamento conjuntamente. O presidente do PSD concluiu que “Cada um terá, de acordo com o seu discernimento, o seu voto”.

Kassab também se posicionou pessoalmente sobre o projeto, dizendo ser “um conciliador” e acreditando que “esse é um bom projeto para o país, que nos permite acalmar um pouco o país”. O político revelou seu voto: “Se eu fosse parlamentar, eu votaria a favor”.

Ao ser inquirido sobre o movimento do PL em lançar Flávio Bolsonaro, o dirigente reiterou que Tarcísio de Freitas é a melhor opção para o PSD, caso ele decida disputar. “Eu ainda entendo que o Tarcísio é o melhor candidato para o Brasil. E, se ele for candidato, ele terá o apoio do PSD”, compartilhou.

Kassab indicou que, se o governador de São Paulo não entrar na disputa, o PSD recorrerá a nomes internos, mesmo com Tarcísio manifestando apoio público a Flávio Bolsonaro. Ele desejou “boa sorte ao Flávio” e enfatizou:

“O PSD tem como decisão apoiar o Tarcísio caso ele seja candidato. E, se ele não for, nós temos dois pré-candidatos dentro do partido, dois governadores muito bem avaliados: Ratinho e Eduardo Leite”

Kassab demonstrou confiança na união entre centro e direita no segundo turno da eleição presidencial, dizendo:

“Eu acredito muito no segundo turno na união do centro com a direita”.

Sobre um eventual apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, Kassab afirmou que o partido também não fechará questão nessa fase, mas apostou que o candidato do PSD avançará.

“Eu acredito que o nosso candidato vá para o segundo turno. O Ratinho, eu acho, vai enfrentar o Lula no segundo turno”.

Kassab também negou qualquer intenção de deixar o governo paulista, onde atua como secretário de Governo e Relações Institucionais, e afirmou ter uma relação “extraordinária” com o governador Tarcísio.

“Nunca tive essa conversa com ele. Eu acredito que eu vá continuar, porque senão ele teria sinalizado”.