Dono do Banco Master, Daniel Vorcaro foi transferido nesta semana da carceragem da Polícia Federal (PF) em SP para o CDP 2 de Guarulhos
A defesa do banqueiro Daniel Vorcaro (foto em destaque) afirma que o dono do Banco Master corre risco de morrer dentro do Centro de Detenção Provisória (CDP) 2, em Guarulhos, na Grande São Paulo, para onde foi transferido na última segunda-feira (24/11).
“Ele [Vorcaro] está no convívio com os outros presos, algemado, cabelo cortado e correndo sério risco de morte. Essa prisão é um absurdo”, afirmou ao Metrópoles o advogado Roberto Podval, um dos defensores do banqueiro.
Vorcaro foi preso pela Polícia Federal (PF) na semana passada, quando tentava deixar o país pelo Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, após anunciar a venda do Master para um consórcio de investidores globais liderado pela Fictor.
A PF apontou risco de fuga, dizendo que o banqueiro viajaria para Malta, na Europa, e o deteve na área de embarque na noite de 17 de novembro. A defesa de Vorcaro afirma que ele avisou ao Banco Central (BC) que viajaria para Dubai para concluir a venda do Master.
O banqueiro é acusado de fraude de R$ 12 bilhões envolvendo carteiras de crédito vendidas ao Banco de Brasília (BRB), que anunciou a compra do Master em março deste ano — a aquisição foi barrada pelo BC, que decretou a liquidação do banco de Vorcaro semana passada.






Pedido de soltura
O risco de morrer na prisão foi apresentado pela defesa de Vorcaro no pedido de reconsideração de um habeas corpus para tirá-lo do CDP de Guarulhos, enviado ao Tribunal Regional Federal da 1ª Divisão (TRF-1 ), que já havia negado um pedido na sexta (21/11). O Ministério Público Federal (MPF) já se manifestou contra a soltura.
Paralelamente, os advogados aguardam a análise de um pedido de liberdade de Vorcaro feito ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os advogados do banqueiro afirmam que na unidade comum ele está exposto a um ambiente hostil e vulnerável ao contato com outros presos. Segundo a defesa de Vorcaro, a prisão é ilegal porque não tem base em fatos novos e poderia ser substituída por medidas cautelares.