Fonte: IA
Escrito por – Sara Aquino – clickpetroleoegas
Correios lançam plano agressivo com fechamento de agências, PDV e fundo de imóveis para enfrentar a crise e reduzir custos.
Correios iniciam maior reestruturação da história com fechamento de agências e fundo de imóveis para conter a crise
Os Correios decidiram implementar um novo plano de reestruturação que prevê o fechamento de 700 agências, a criação de um fundo de imóveis, além da meta de demitir 10 mil funcionários por meio de um PDV.
A medida, anunciada pela gestão do presidente Emmanoel Rondon, ocorre neste ano, em todo o território nacional, como forma de enfrentar a crise financeira que ameaça a empresa.
A estratégia é adotada porque, segundo a direção, é urgente reduzir despesas, modernizar operações e melhorar a Economia da estatal, que acumula perdas e precisa recuperar competitividade.
Fechamento de Agências se torna eixo central da redução de custos
O Fechamento de Agências aparece como uma das ações mais drásticas do plano, já que a estatal pretende encerrar cerca de 700 unidades entre pontos de atendimento e estruturas logísticas.
Além disso, a direção explica que pretende eliminar áreas com mão de obra ociosa, corrigir sobreposições de serviços e priorizar regiões em que a rentabilidade justifique a permanência das unidades. Assim, o estudo interno inclui análises de inteligência que vão além da simples distância entre pontos.
O segundo eixo da reestruturação é o corte na folha salarial, que deve atingir R$ 2 bilhões ao ano.
O PDV anterior não alcançou a meta — apenas 3,6 mil dos 8 mil funcionários interessados aderiram.
Desta vez, porém, a empresa afirma que precisará tornar o plano mais atrativo. A gestão avalia que será necessário “convencer esses trabalhadores de que será vantajoso deixar a empresa com o PDV”, mantendo a citação original.
Entretanto, mesmo com o PDV e a revisão de benefícios do acordo coletivo, a direção reconhece que as medidas não serão suficientes para estabilizar as contas. Portanto, será necessário ampliar receitas e buscar novas fontes de sustentabilidade.
Fundo de Imóveis: aposta bilionária para reforçar caixa e movimentar a Economia
Entre as ações mais ousadas do plano está a criação de um fundo de imóveis, projetado pela Caixa Econômica Federal.
O fundo reunirá 2.366 imóveis avaliados em R$ 5,4 bilhões. A ideia é vender os imóveis, capitalizar a empresa e, em seguida, alugar os mesmos espaços, incluindo — possivelmente — o prédio da sede dos Correios em Brasília.
A proposta também servirá como contrapartida para que o governo federal dê garantias a um empréstimo solicitado pela estatal a instituições financeiras.
Correios admitem que ficaram “parados no tempo” e agora correm para acompanhar o mercado
A avaliação interna afirma que, enquanto Amazon e Mercado Livre se consolidaram como empresas de tecnologia, criando ecossistemas que integram marketplace, e-commerce e até serviços bancários, os Correios “pararam no tempo” — mantendo a citação original.
Assim, o plano prevê redesenhar o marketplace, investir em nichos pouco explorados e ampliar serviços onde concorrentes ainda não atuam.
Mudanças operacionais incluem transporte especializado e maior foco no governo
Os Correios também querem reforçar a prestação de serviços ao governo, ampliando transportes que exigem controle de temperatura, como medicamentos e vacinas.
Hoje a estatal não possui estrutura logística suficiente para esse tipo de operação, e essa limitação deve ser superada no novo ciclo de investimentos.
Parcerias privadas e inovação para acelerar a reviravolta
A estatal prepara uma frente de parcerias com empresas privadas, que poderão ocorrer em qualquer área de negócios.
Um dos exemplos é o uso de uma tinta inteligente aplicada diretamente nas caixas, funcionando como um selo de segurança. Segundo a direção, isso reduzirá o tempo de atendimento, já que o cliente poderá apenas entregar a embalagem pronta ao atendente.
Além disso, há planos para oferecer serviços financeiros em parceria com bancos, sem necessidade de licitação.
Economia interna e capital privado: dupla aposta para salvar os Correios da crise
Portanto, o plano se divide entre corte de custos, modernização operacional, captação de recursos via fundo de imóveis e abertura para parcerias estratégicas.
A atual direção afirma que as medidas são duras, mas necessárias para impedir o agravamento da crise dos Correios e reposicionar a estatal no setor de logística, retomando sua relevância econômica.