Lula ao lado de Francisco Kertész, sócio de Sidônio Palmeira (Foto: Rep´rodução/Instagram)
Segundo a representação, a produtora teria sido subcontratada por agências de publicidade que prestam serviços a órgãos federais
Rodrigo Vilela –
A oposição solicitou que o Tribunal de Contas da União e a Procuradoria-Geral da República investiguem cerca de R$ 12 milhões em contratos de publicidade firmados pela Caixa Econômica Federal e pela Embratur com a produtora Macaco Gordo, empresa pertencente a um sócio do ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirma que há indícios de tráfico de influência, conflito de interesses e improbidade administrativa.
Segundo a representação, a produtora teria sido subcontratada por agências de publicidade que prestam serviços a órgãos federais, recebendo R$ 7,9 milhões da Caixa e R$ 3,9 milhões da Embratur. Marinho alega que há conflito de interesses, já que a Secom é responsável por aprovar campanhas publicitárias do governo, e acusa o Planalto de promover um “aparelhamento sem limites”.
Em nota, a Secom afirmou que Sidônio se afastou da gestão de suas empresas ao assumir o cargo e negou qualquer interferência em favor da produtora. A pasta destacou que a escolha de fornecedores é feita pelas agências que vencem as licitações públicas. O empresário Francisco Kertész, sócio de Sidônio, defendeu-se dizendo que a Macaco Gordo tem mais de 15 anos de atuação e foi contratada por critérios técnicos e de preço.