Depois de mais de cinco décadas nas bancas todos os dias, o Jornal da Cidade de Bauru anunciou que passará a ser publicado apenas semanalmente, aos sábados. A mudança, ainda que melancólica para quem cresceu folheando a edição impressa, é mais um retrato cruel da revolução promovida pela internet no mercado da comunicação.
O impacto foi devastador. Em poucos anos, a dinâmica de consumo de informação mudou radicalmente. Se antes o leitor esperava o jornal do dia seguinte ou o noticiário das 20h, hoje a notícia chega em tempo real — com vídeos, transmissões ao vivo e comentários instantâneos — direto na palma da mão, por meio de celulares e redes sociais. As grandes redações, outrora centros pulsantes de produção jornalística, viram sua audiência migrar silenciosamente para as telas digitais.
E não foram apenas os jornais impressos que sofreram esse baque. Rádios perderam ouvintes, emissoras de TV tiveram que reformular completamente suas grades, e até veículos centenários pelo mundo encerraram suas atividades ou se reinventaram às pressas para sobreviver no ambiente online. As métricas são implacáveis: a internet atropelou o modelo tradicional de mídia com força e velocidade jamais vistas.
Apesar disso, o JC Bauru não se despede — se reinventa. Com seu portal digital consolidado entre os mais acessados da região, o veículo segue vivo, agora com foco total no ambiente onde o público realmente está: na tela.
“O mundo mudou, a forma de consumir informação também, e nós evoluímos junto com você. A tecnologia abriu novas possibilidades e a informação factual hoje circula em tempo real, a todo instante, no universo digital, ou seja, na Internet, através de celulares, tablets, computadores de mesa, nos portais e redes sociais.” diz a notícia informando detalhes da medida.