Imagem: Cartacapital
O ex-ajudante de ordens Mauro Cid encaminhou nesta terça-feira (29), ao Supremo Tribunal Federal (STF) as alegações finais da ação penal que investiga uma suposta trama golpista que pretendia manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. No documento, a defesa do tenente-coronel define os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 como “nefasto”.
O material foi apresentado como a resposta final do ex-ajudante, responsável por delatar o esquema supostamente chefiado por Bolsonaro, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR). A defesa destaca que Cid não tem ligação com os atos de 8 de janeiro, visto que desde de 2022 já estava definido que ele iria comandar o batalhão de Goiânia.
Ainda sobre o 8 de janeiro, a defesa do tenente-coronel traz que responsabilizar Cid pelos crimes é o mesmo que “punir a sombra por um crime ocorrido no sol”.
“O que parece importar à acusação não é o raio de ação dos atos humanos, e sim o alcance das narrativas acusatórias. Pretende-se, de forma absolutamente especulativa, responsabilizá-lo por atos que não praticou, não presenciou, não incentivou e tampouco poderia impedir. A imputação ignora não apenas sua ausência física, mas a ausência total de vínculo causal ou volitivo com os fatos”.
Pedido de absolvição
A defesa de Cid pede, ainda, absolvição no processo pelos crimes de golpe de Estado, tendo em vista a “ausência de provas e de autoria”. No documento, a defesa de Cid pede que sejam mantidos os benefícios que tinham sido concedidos a ele no acordo de colaboração premiada, mas que foram retirados pelo procurador-geral Paulo Gonet nas alegações finais do Ministério Público.
Com informações: Metrópoles