Acusações de estupros contra as filhas teriam motivado assassinato de Hugo Abel Heyn, de 69 anos, durante a noite de quinta-feira (26), no Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande. Além disso, o suspeito e filho da vítima, Sahu Abel Heyn, de 35 anos, teria afirmado também ter sido abusado pelo pai na infância.
Durante a manhã de sexta-feira (27), moradores da região contaram para a reportagem do TopMídiaNews ter ouvido Sahu gritar que havia sido abusado pelo pai quando criança. Outra possível motivação foi o fato de o suspeito descobrir que os filhos, ainda pequenos, também estariam sendo vítimas do genitor.
Ao ser preso pela GCM (Guarda Civil Metropolitana), ele confirmou as autoridades a motivação do crime. Ele foi localizado na região do Bairro Rita Vieira, na Avenida Touros Puxian, após denúncias anônimas indicarem onde ele estava.
Ele, que é professor de dança, foi apresentando na Delegacia de Polícia Civil, Porém, pode ser solto, uma vez que o flagrante do crime já passou e o mandado de prisão em seu desfavor ainda não foi expedido.
O crime – Conforme as informações policiais, o assassinato teria acontecido durante um episódio de surto, de Sahu. Na ocasião, ele teria ameaçado o pai, que riu da situação. Diagnosticado com esquizofrenia, o homem partiu para cima do genitor após a risada e o matou.
A mãe relatou que ele aparentava irritação e chegou a fazer ameaças, inclusive a ela, quando tentou acalmá-lo. Após um breve desentendimento com o pai, o rapaz teria dito: “E você, o que está olhando? Eu ainda vou fazer pedacinhos de você”.
Hugo, que estava deitado na cama, chegou a rir da ameaça. Segundo a testemunha, o filho respondeu: “Tá duvidando? Vou fazer agora!”. Sandra então correu para tentar proteger o marido, conseguindo fechar a janela e trancar a porta do quarto. No entanto, Sahu arrebentou a porta, invadiu o cômodo e pulou sobre o pai, desferindo várias facadas no tórax e nos braços da vítima.
Mesmo após Hugo cair no chão, o filho ainda o agrediu com chutes na cabeça. A mãe tentou intervir, pedindo para que o filho parasse com os golpes, mas não conseguiu contê-lo.