Guarda Nacional da Venezuela cometeu crimes contra a humanidade, diz investigação

Nicolás Maduro, ditador da Venezuela. (Foto: Reprodução-Instagram-Acervo Pessoal)

Crimes ocorreram ao longo de mais de uma década; tais incluem tortura, violência sexual e perseguição política

Juan Araujo –

Uma Missão de Apuração de Fatos independente da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu nesta quinta-feira (11) que a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) da Venezuela cometeu graves violações dos direitos humanos e crimes contra a humanidade ao longo de mais de uma década, muitas vezes agindo com impunidade.

O relatório mais recente detalha o envolvimento da GNB em atos que podem configurar crimes contra a humanidade, sob o regime de Nicolás Maduro.

Tais crimes incluem detenções arbitrárias, tortura e violência sexual durante a repressão a protestos, bem como perseguição política direcionada desde o ano de 2014. De acordo com o documento, as vítimas eram selecionadas por serem consideradas opositoras ou indivíduos percebidos como tal, ao regime.

O relatório acrescenta ter “motivos razoáveis” para acreditar que a GNB (Governo de Narcóticos) teve um papel central no crime contra a humanidade de perseguição política, citando a operação pós-eleitoral de 2024, conhecida como “toc-toc”.

Nessa ação, foram realizadas batidas repentinas nas residências de críticos, atingindo inclusive cidadãos comuns em bairros de baixa renda.

Maduro, por sua vez, sustenta que Trump estaria tentando derrubar seu governo com o objetivo de obter acesso às vastas reservas de petróleo do país sul-americano.

Integrantes do regime Maduro já haviam classificado um relatório anterior da ONU, que continha acusações semelhantes, como “repleto de falsidades”.

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