O calendário de pagamento de 2026 será divulgado em dezembro. (Crédito: José Cruz/Agência Brasil)
Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 aprovado pelo Congresso previa um valor de R$ 1.627
Darlan Alvarenga – istoedinheiro
Após a divulgação dos dados da inflação de novembro, o Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou nesta quarta-feira, 10, que o salário mínimo será reajustado para R$ 1.621 em 2026.
O valor representa um aumento de R$ 103 (6,79%) frente aos atuais R$ 1.518. Com isso, o piso nacional ficará abaixo dos R$ 1.627 previstos no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, o que representa um alívio para o Orçamento do governo no ano que vem.
O reajuste do salário mínimo é calculado com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 12 meses encerrados em novembro (que ficou em 4,18%) mais 2,5% de aumento real (PIB de 2024, limitado a 2,5%). O índice de inflação é divulgado pelo IBGE e mede a inflação para as famílias com renda de até cinco salários mínimos.
Além do salário mínimo, os benefícios sociais do INSS também serão reajustados em 2026 seguindo o valor do piso nacional. Atualmente, 70% das aposentadorias são de um salário mínimo, o que representa cerca de 28 milhões de segurados.
Revisão
O resultado do INPC anunciado nesta quarta-feira fará o governo revisar cálculos para as contas públicas no ano que vem, pois o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026, aprovado no Congresso, estimava o salário mínimo em R$ 1.627, que representaria reajuste de 7,18%.
O valor do salário mínimo tem reflexos nas contas públicas, além do próprio efeito em si, pois serve como base para outros gastos como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoa com deficiência em situação de vulnerabilidade.
A LDO aprovada no dia 5 estipula que as receitas arrecadadas com impostos pelo governo superem as despesas primárias da União em R$ 34,3 bilhões, ou seja, 0,25% do PIB. A lei aprovada também traz uma perspectiva para os próximos anos de aumento do superávit com o objetivo de estabilizar a dívida pública da União. Para 2027, a meta é de 0,5% do PIB de superávit e, para 2028, de 1%.
Com informações da Agência Brasil