Com queda da inflação, governo reduz projeção para o valor do salário mínimo de 2026

Notas de real: governo passa a projetar salário mínimo de R$ 1.627 em 2026 (Crédito: Divulgação)

Estimativas para o salário mínimo de 2026 caíram de R$ 1.631 para R$ 1.627; valor definitivo só será informado no começo do ano

Da redação – istoedinheiro

Em meio à desaceleração da inflação, o governo federal reduziu as estimativas para o valor do salário mínimo de 2026 de R$ 1.631 para R$ 1.627. O salário mínimo atual é de R$ 1.518.

“A estimativa do salário mínimo reflete variação nos parâmetros, e o seu valor definitivo só será conhecido no início do ano”, explicou o ministério do Planejamento em nota.

A informação foi divulgada inicialmente pelo G1 e confirmada pela IstoÉ Dinheiro.

“A atualização da projeção depende de outros fatores, como a variação da base de beneficiários, cabendo ao congresso avaliar a conveniência e oportunidade de alterar as estimativas dos gastos previdenciários e sociais durante a tramitação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), podendo a estimativa também ser reavaliada durante as avaliações bimestrais ao longo de 2026″, acrescentou o ministério.

O Índice de Preços ao Consumido Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, desacelerou para 0,09% em outubro, a menor para o mês desde 1998, quando foi registrado 0,02%. A alta do indicador desacelerou em meio a um cenário de alta de juros, com a Selic em 15% ao ano. Em novembro, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, ficou em 0,20%. Com o resultado, o IPCA-15 passou a acumular alta de 4,50% nos últimos 12 meses.

Tiago Sbardelotto, economista da XP, estima que o valor do salário mínimo ficará em R$ 1.624 em 2026. A casa trabalha com a expectativa de uma alta de 4,36% do INPC até novembro. “Assim, somando-se a alta da inflação mais o ganho real de 2,5% previsto na lei n° 15.077/24, chegamos ao valor indicado”, explica.

Salário mínimo menor pode reduzir risco fiscal

Em nota, o Ministério do Planejamento explica que “a projeção menor tem o efeito de reduzir os gastos com aposentadorias, pensões e outros benefícios”. Tais benefícios sociais estão atrelados ao salário mínimo e assim são reajustados. Atualmente, 70% das aposentadorias ou cerca de 28 milhões de segurados recebem um salário mínimo.

Ainda segundo o órgão, a certeza sobre uma redução da pressão fiscal no entanto depende de outros fatores, “como a variação da base de beneficiários, cabendo ao congresso avaliar a conveniência e oportunidade de alterar as estimativas dos gastos previdenciários e sociais durante a tramitação do PLOA, podendo a estimativa também ser reavaliada durante as avaliações bimestrais ao longo de 2026”.

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