2,28 milhões de lares deixaram o Bolsa Família desde a sua recriação; veja números

Bolsa Família (crédito: Lyon Santos/MDS)

Em outubro, 18,9 milhões famílias foram atendidas, o menor patamar desde o início do terceiro mandato de Lula

Da redação i –

Desde a recriação do Bolsa Família, no início do terceiro mandato do presidente Lula, 2,28 milhões de famílias deixaram o programa, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Quando foi relançado, em março de 2023, 21,19 milhões de famílias em todo o país receberam o pagamento do benefício. Em outubro, o número de lares atendidos pelo Bolsa Família somou 18,9 milhões, o menor patamar desde o início do terceiro mandato do presidente Lula.

O governo atribui a redução do número de beneficiados ao aumento da renda das famílias pela conquista de um emprego formal ou pela abertura de um pequeno negócio.

Segundo o MDS, das 2.069.776 famílias que deixaram de depender do programa em 2025, a maioria (1.318.214) saiu do benefício em razão do aumento dos ganhos totais no domicílio. Outras 24.763 fizeram o desligamento voluntário, enquanto 726.799 famílias concluíram o período na Regra de Proteção – mecanismo permite que receber metade do valor do Bolsa Família por até 12 meses, mesmo após superar o limite de R$ 218 mensais per capita e desde que não ultrapasse R$ 706.

“É importante dizer que quem entra no Bolsa Família só sai para cima, seja porque conquistou uma renda maior com o trabalho, seja porque abriu o próprio negócio. E, caso perca essa renda, retorna automaticamente ao programa. Esse é um caminho sustentável, e quanto mais avançarmos em educação e oportunidades, mais seguro será o futuro das famílias brasileiras”, afirmou, em nota, o ministro Wellington Dias.

Custo do programa

Neste mês de outubro, o valor médio do benefício foi de R$ 683,42, representando um gasto total de R$ 12,8 bilhões em repasses às famílias.

Em março de 2023, no mês de sua recriação, o gasto mensal do governo com o programa foi de R$ 14 bilhões.

Quem pode receber

Pelas regras, pra serem habilitadas as famílias precisam atender critérios de elegibilidade, como apresentar renda per capita classificada como situação de pobreza ou de extrema pobreza, ter os dados atualizados no Cadastro Único e não ter informações divergentes entre as declaradas no cadastro e em outras bases de dados federais.

Para ter direito ao benefício, a família deve estar inscrita no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal, com dados atualizados, e possuir renda mensal per capita de até R$ 218. A inscrição pode ser feita em unidades do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), com CPF ou título de eleitor.

Vale lembrar que a inscrição no CadÚnico não garante inclusão automática no Bolsa Família. A seleção é feita mensalmente de forma automatizada, com base nas regras do programa.

O valor mínimo do Bolsa Família é de R$ 600 por família. No entanto, o valor pode ser maior, conforme a composição familiar. Veja os adicionais disponíveis:

  • Benefício Primeira Infância: R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos;
  • Benefício Variável Familiar: R$ 50 para gestantes e jovens de 7 a 18 anos;
  • Benefício Variável Familiar Nutriz: Seis parcelas de R$ 50 para mães de bebês de até seis meses, garantindo suporte alimentar na primeira infância.

 

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