O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite – (Foto: Governo do Estado de São Paulo)
O secretário paulista vai se licenciar de seu cargo para voltar à Câmara dos Deputados e relatar o projeto que equipara facções criminosas a terroristas
Luan Carlos – 
O Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Capitão Guilherme Derrite (PP-SP), declarou na noite desta quarta-feira (29) sua admiração pelo modelo do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, na luta contra o crime organizado. Ele destacou que é possível usar a mesma fórmula contra as facções do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV).
“Sendo bem realista, se não desse pra acabar, eu sei que é difícil falar sobre isso, é polêmico. Eu fui criticado quando eu fiz uma comparação e eu não falei sobre os meios pelos quais o presidente Nayib Bukele conseguiu, eu desconheço, eu inclusive pretendo visitar no ano que vem, El Salvador, mas eles conseguiram”, disse Derrite em entrevista à CNN.
O país que se encontra na América Central reestabeleceu a paz nas ruas após a forte onda de poder contra o crime organizado, determinada por Bukele, a fim de garantir a segurança da população, que era dominada até mesmo por gangues. As ações, entretanto, tiveram seus custos, como a suspensão do devido processo legal e direitos constitucionais sob a justificativa de emergência, o que levou a um aumento expressivo de prisões em massa e resistência de grupos de direitos humanos.

Presidente de El Slavador, Nayib Bukele – (Foto: Casa Presidencial El Salvador).
Derrite afirma que não é necessário destruir instituições do Estado Democrático de Direito para combater a criminalidade, apenas que haja legislação adequada.
“A gente não pode permitir que um criminoso seja preso 30 vezes assaltante de carro forte”, cita o secretário.
O secretário paulista vai se licenciar de seu cargo para voltar à Câmara dos Deputados e relatar o projeto que equipara facções criminosas a terroristas.
“Se você fizer uma pesquisa hoje para a população, o que mais a população quer é a força do Estado no sentido de conter as organizações criminosas. E digo mais, quem mais sofre com as organizações criminosas do Brasil é a população que vive nessas comunidades, porque é o Estado paralelo agindo na vacância, na negligência do Estado, esse sim, o Estado que deveria atuar”, finalizou Derrite.
 
 

