Foto: O aliado do Brasil no BRICS alcança supremacia nos céus com mais de 200 bombardeiros estratégicos e novas aeronaves hipersônicas, superando Estados Unidos e Rússia
Escrito por Valdemar Medeiros-clickpetroleoegas.forças Armadas –
Com quase 200 bombardeiros estratégicos e mísseis hipersônicos, a China supera EUA e Rússia e passa a deter a maior frota de ataque aéreo do mundo.
A Força Aérea da China, aliada estratégica do Brasil dentro do bloco BRICS, ultrapassou oficialmente Estados Unidos e Rússia em número total de aeronaves classificadas como bombardeiros estratégicos e táticos. Com quase 200 unidades em operação ativa, a potência asiática agora detém a maior frota de bombardeiros do mundo, apoiada por um programa ambicioso de modernização militar e desenvolvimento de tecnologia hipersônica. O avanço chinês não é apenas quantitativo, mas estratégico: sua força aérea evoluiu de uma estrutura defensiva para uma das mais complexas e expansivas do planeta, projetada para operar além das fronteiras continentais e em múltiplos teatros de guerra.
Esse salto impressionante marca o reposicionamento global da China na corrida pelo domínio aéreo. A frota de bombardeiros chineses é composta principalmente pelos Xian H-6K, H-6N e H-6J, versões modernizadas do antigo modelo soviético Tu-16, adaptadas para transportar mísseis de cruzeiro de longo alcance e armamentos nucleares.
Esses aviões podem voar até 8.500 quilômetros com reabastecimento aéreo e carregar mais de 12 toneladas de armamentos, incluindo os poderosos mísseis CJ-10A e CJ-20, capazes de atingir alvos estratégicos a milhares de quilômetros de distância.
Do H-6 ao H-20: a transformação da aviação estratégica chinesa
O que começou como uma força limitada a bombardeiros de médio alcance se transformou em um programa robusto de engenharia militar. A grande virada ocorreu a partir da década de 2010, quando a China iniciou uma série de reformas em sua indústria aeronáutica, unificando empresas civis e militares sob o comando da Aviation Industry Corporation of China (AVIC).
O objetivo: desenvolver uma frota aérea que combinasse autonomia tecnológica, poder ofensivo e capacidade nuclear dissuasória.
Embora o governo mantenha sigilo sobre suas especificações, analistas da Janes Defence e da The War Zone estimam que o H-20 será um bombardeiro de alcance intercontinental, com autonomia superior a 10 mil quilômetros e capacidade de transporte de ogivas nucleares.
Sua configuração “asa voadora”, semelhante ao B-2 Spirit dos EUA, evidencia a ambição chinesa de equiparar-se tecnologicamente às potências ocidentais. Quando entrar em operação, o H-20 colocará a China no seleto grupo de países com bombardeiros furtivos de longo alcance, algo que até hoje apenas os Estados Unidos possuem.
A maior frota de bombardeiros do mundo em números e capacidade
De acordo com relatórios do International Institute for Strategic Studies (IISS) e do Global Firepower 2025, a China mantém mais de 210 aeronaves de bombardeio estratégico e tático, contra cerca de 140 dos Estados Unidos e 120 da Rússia.
Além da quantidade, o país vem ampliando a infraestrutura que sustenta suas operações: bases aéreas subterrâneas, hangares com proteção eletromagnética, redes de comunicação quântica e centros de comando integrados por inteligência artificial.
A força aérea chinesa também passou a incorporar sistemas de reabastecimento aéreo automatizado, permitindo que seus bombardeiros atinjam qualquer ponto do Indo-Pacífico sem depender de bases intermediárias.
Em 2024, o governo confirmou a entrega de novos tanques de combustível aéreo Y-20U, aumentando significativamente o raio de ação da frota. Com isso, a China deixou de ser uma potência regional e passou a ter capacidade real de projeção global, podendo realizar missões de ataque estratégico em qualquer continente.
A tecnologia hipersônica e o salto sobre Estados Unidos e Rússia
Outro ponto crucial para a supremacia chinesa é o investimento maciço em armamentos hipersônicos. A integração dos mísseis DF-17 e DF-21D, que podem alcançar velocidades acima de Mach 10, transformou seus bombardeiros em plataformas de ataque quase impossíveis de interceptar.
Esses mísseis, combinados ao sistema de navegação BeiDou, garantem precisão cirúrgica em alvos a até 2.500 quilômetros de distância, consolidando uma vantagem que preocupa os estrategistas do Pentágono.
Enquanto os Estados Unidos ainda aguardam a entrada em serviço do novo B-21 Raider e a Rússia enfrenta limitações industriais devido a sanções, a China conseguiu equilibrar quantidade e modernização tecnológica. Sua frota cresce de forma constante, e novas instalações de produção e testes estão sendo construídas em Xi’an, Chengdu e Hubei, ampliando a capacidade industrial e reduzindo o tempo entre o projeto e o voo operacional.
Um poder aéreo moldado pela estratégia do BRICS
Mais do que uma demonstração de força, o domínio aéreo chinês também tem implicações políticas. Dentro do BRICS, a China desempenha o papel de principal potência militar e tecnológica, fornecendo suporte técnico e estratégico a países aliados, incluindo o Brasil.
A cooperação entre as forças aéreas de ambos os países cresceu nos últimos anos, com intercâmbio de tecnologia de radares, comunicação criptografada e mapeamento aéreo de precisão.
O avanço da frota de bombardeiros também reforça a influência geopolítica de Pequim. A partir de 2023, a China passou a realizar patrulhas conjuntas com a Rússia sobre o Mar do Japão e o Pacífico Ocidental, enviando formações de bombardeiros H-6 acompanhadas por caças J-16 e Su-35. Essas operações simbolizam o novo equilíbrio militar mundial: o Ocidente não é mais o único capaz de projetar poder aéreo intercontinental.
O novo símbolo da supremacia militar asiática
A ascensão da China ao topo do poder aéreo global é o resultado de um plano de longo prazo iniciado há quase 30 anos. A combinação entre produção industrial em massa, inovação tecnológica e planejamento estratégico transformou a Força Aérea do Exército de Libertação Popular em uma das forças mais modernas e influentes do mundo.
Hoje, com a maior frota de bombardeiros do planeta, a China redefine os parâmetros da aviação militar. Seus aviões não são apenas instrumentos de guerra, mas também símbolos de dissuasão, prestígio e soberania tecnológica.
No horizonte, o aguardado H-20 promete consolidar essa hegemonia, posicionando a China como a nova referência global em poder aéreo. Com ele, o país poderá realizar ataques precisos a qualquer ponto do planeta, sem ser detectado, completando o ciclo iniciado com o H-6 e selando sua posição como o novo império dos céus.