Pesquisa com 123 mil pessoas aponta que bebidas em suas versões diet elevam mais o risco de doença hepática do que bebidas com açúcar
Eles analisaram o consumo de dois tipos de bebidas: as adoçadas com açúcar e as adoçadas artificialmente. O resultado foi claro: quem consumia mais de 250 gramas de adoçante por dia — o equivalente a uma lata — teve risco 60% maior de desenvolver doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica, uma condição que pode evoluir para cirrose e câncer de fígado.
No grupo das bebidas com açúcar, o aumento foi de aproximadamente 50%. Ao longo do estudo, 1.178 pessoas desenvolveram a doença hepática gordurosa e 108 morreram por causas relacionadas ao fígado.
Mesmo sem açúcar, o refrigerante não chega a ser um aliado
Outro dado importante é que apenas as bebidas diet mostraram relação com mortes por doenças hepáticas, o que surpreendeu os pesquisadores. As análises também revelaram que ambos os tipos de bebida contribuíram para o acúmulo de gordura no fígado.
Quando os cientistas simularam o efeito de substituir refrigerantes por água, o risco de desenvolver a doença hepática caiu 12,8% no caso das bebidas açucaradas e 15,2% no caso das diet. Já trocar uma pela outra não trouxe benefício algum.
“Esses achados desafiam a percepção de que as versões ‘sem açúcar’ são automaticamente mais seguras. É necessário cautela e novos estudos para entender os efeitos metabólicos dos adoçantes artificiais”, concluem os autores.