Deputado federal Marcel Van Hattem. (Foto: Álvaro Maciel/Diário do Poder).
Chanceler é alvo de nova convocação na Comissão de Relações Exteriores
Mael Vale –
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, será alvo de nova convocação na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara. O pedido, já protocolado, foi motivado pela visita do presidente Lula (PT) à ex-presidente argentina Cristina Kirchner, condenada por corrupção e atualmente em prisão domiciliar.
O deputado federal Marcel van Hatten (Novo-RS) confirmou a convocação.
“Mauro Vieira será convocado à Comissão de Relações Exteriores, não tenho dúvidas de que teremos os votos suficientes e já protocolamos esse requerimento de convocação da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional em que sou titular e o deputado Felipe Barros (PL-PR), é presidente”, afirmou Van Hattem.
O parlamentar afirmou ainda que Lula demonstra desapreço ao combate à corrupção:
“Lula está fazendo na Argentina a turnê da impunidade, visitando Cristina Kirchner, corrupta, condenada, sem direitos políticos e em prisão domiciliar. Foi lá junto com o ministro Mauro Vieira e fizeram propaganda, inclusive ideológica, demonstrando seu desapreço ao combate à corrupção, tanto no Brasil como na Argentina, mostrando cartazes com o apoio da diplomacia brasileira”.
O deputado ainda relembrou o “Uber”, quando Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru, teve um jato da Força Aérea Brasileira (FAB), disponibilizado para trazê-la ao Brasil e agora destaca que a turnê da impunidade chegou à Argentina.
“Por isso, Mauro Vieira vai ser convocado para dar explicações à Comissão de Relações Exteriores, assim como foi convocado já em virtude do Uber que foi feito com a FAB ao buscar a criminosa condenada pela justiça peruana Nadine Heredia, ex-primeira-dama do país, recentemente trasladada do Peru para o Brasil, repito, em voo da FAB. Uber da FAB para a criminosa no Peru. Agora, a turnê da impunidade passa pela Argentina e é por isso que Mauro Vieira, que quando foi instado a falar sobre os direitos humanos na Venezuela, disse que não se poderia interferir no assunto interno de outro país”, criticou.
Veja abaixo a declaração completa de Marcel van Hatten: