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Para impulsionar e atualizar nossa programação, comunicamos novidades para vocês.
Dentre elas, destaca-se nossa alegria e honra de contar, a partir de agora, com coluna semanal de reflexões do cidadão três-lagoense, Mestre em Geografia, Empresário de muito sucesso e, profundo conhecedor da realidade do Brasil, Fernando Jurado, eleito para o cargo de Vereador nas últimas eleições com votos 1.301 votos em Três Lagoas.
Veja o texto de Fernando Jurado
“ Um dia escutei um homem dizer que se você é capaz de escrever qual o seu problema em um papel, você já tem 50% da solução.
A partir desta ideia gostaria de discutir o caminho para uma oportunidade se tornar realidade.
Ao analisar a distribuição das indústrias de produção de papel no Brasil, fica claro que elas estão concentradas principalmente em São Paulo e na região sul.
No estado de São Paulo, as indústrias de papel se distribuem ao longo da rodovia Presidente Dutra, especialmente na porção mais próxima à capital, e pela extensão da rodovia Anhanguera. A região de Lençóis Paulista também se destaca como um ponto isolado importante.
Outra concentração pode ser identificada no Norte do Paraná e ao longo da rodovia Regis Bittencourt, sobretudo no trecho entre Curitiba a Porto Alegre, onde diversas indústrias de papel transformam a celulose em produtos finais.
Ao confrontarmos a distribuição espacial ente a indústria de papel e a indústria de produção da celulose revela-se diante dos nossos olhos um fenômeno que pode ser ao mesmo tempo visto, carregando elementos de oportunidade e frustração
A relação entre a produção de celulose e a produção de papel no Brasil é complexa e não segue uma proporcionalidade direta. Os dois maiores polos de produção de celulose do país, Mato Grosso do Sul (MS) e o sul da Bahia (BA), estão longe de se destacar na transformação da celulose em papel. Grande parte da celulose produzida nesses estados é destinada à exportação (sem valor agregado), enquanto a celulose produzida em São Paulo e no Sul é consideravelmente destinada à indústria nacional de papel.
Não é necessário muito esforço analítico para entender que tal desproporcionalidade acontece principalmente por questões de infraestrutura produtiva e logística, força de trabalho qualificada e mercado consumidor.
Para mudar essa realidade e atrair indústrias que transformem a celulose em papel nas regiões produtoras do Mato Grosso do Sul e Bahia, algumas estratégias poderiam ser adotadas.
Na teoria seria criar condições parecidas com as que a indústria encontra consolidada na região onde está concentrada. Mas na prática alcançar o nível de infraestrutura produtiva e mão de obra que corresponda, não seria tarefa fácil, já as condições de mercado seria impossível.
Sendo assim o caminho está no incentivo fiscal agressivo e nas oportunidades de escoamento pelo Pacífico.
Para isso torna-se imperativo o papel do poder público de promover as regiões produtoras de celulose internacionalmente, destacando suas vantagens competitivas e atraindo investidores estrangeiros.
Essas ações podem ajudar a transformar a realidade de Mato Grosso do Sul e Bahia, tornando-os polos não apenas de produção de celulose, mas também de transformação em papel, aumentando a geração de empregos e o desenvolvimento econômico local.”